"Quer ir para Minas, Minas não há mais"
Após um longo tempo de minha ausência, resolvi “dar as caras” nos bares de Andradas no sábado à noite.
Final de semana com feriado, imaginei eu, deve ter alguma coisa interessante a se fazer, quem encontrar, o que conversar.
De fato até que tinha tudo isso daí de cima, mas só porque saímos Helena e eu juntas e botamos o papo de primas em dia!
Sempre senti uma certa tristeza ao ir para Andradas e perceber que xingo porque não existe mais um único boteco interessante para se tomar umas e outras; bem diferente de quando eu ainda morava lá, e as baladas existiam e nos divertíamos nelas.
Não! Não é uma crise existência, nem um desabafo do tipo: "Oh! Cresci!" Longe disso! Me entristecia era o fato de eu não conseguir me animar com aquilo que era possível fazer por lá para se divertir... Sentia-me uma estrangeira na minha própria casa...
O fato é que, no sábado, ao entrar no banheiro de um dos bares que a gente foi e que a gente ia toda semana há anos, fiquei desolada, embora aliviada!
Sei lá se foram as paredes que deixaram de ser brancas para ganhar camadas de tinta amarelada, as portas que se tornaram bege-escuro ou os papéis jogados no chão, em torno da pia!, só sei que me senti como Marty McFly, ao retornar na Hill Valley de 1985, na segunda de suas aventuras, tendo estado antes 30 anos à frente. Senti como se eu não fosse mais daquele lugar e como se aquele lugar nunca tivesse estado em mim antes, embora, na memória, as coisas ainda estivessem um pouco vivas, exibindo seus contornos e até alguns gostos e cheiros.
Senti-me fora daquilo tudo ao mesmo tempo em que me sentia inseridíssima em mim mesma: não sou mais de lá, não mais pertenço àquele contexto. Tudo o que tenho são alguns poucos fragmentos de lembranças (boas e ruins, whatever!), remotas. Fatos que ficaram para trás, pessoas que deixaram de fazer sentido.
Não sou mais estrangeira. Sou turista!
Final de semana com feriado, imaginei eu, deve ter alguma coisa interessante a se fazer, quem encontrar, o que conversar.
De fato até que tinha tudo isso daí de cima, mas só porque saímos Helena e eu juntas e botamos o papo de primas em dia!
Sempre senti uma certa tristeza ao ir para Andradas e perceber que xingo porque não existe mais um único boteco interessante para se tomar umas e outras; bem diferente de quando eu ainda morava lá, e as baladas existiam e nos divertíamos nelas.
Não! Não é uma crise existência, nem um desabafo do tipo: "Oh! Cresci!" Longe disso! Me entristecia era o fato de eu não conseguir me animar com aquilo que era possível fazer por lá para se divertir... Sentia-me uma estrangeira na minha própria casa...
O fato é que, no sábado, ao entrar no banheiro de um dos bares que a gente foi e que a gente ia toda semana há anos, fiquei desolada, embora aliviada!
Sei lá se foram as paredes que deixaram de ser brancas para ganhar camadas de tinta amarelada, as portas que se tornaram bege-escuro ou os papéis jogados no chão, em torno da pia!, só sei que me senti como Marty McFly, ao retornar na Hill Valley de 1985, na segunda de suas aventuras, tendo estado antes 30 anos à frente. Senti como se eu não fosse mais daquele lugar e como se aquele lugar nunca tivesse estado em mim antes, embora, na memória, as coisas ainda estivessem um pouco vivas, exibindo seus contornos e até alguns gostos e cheiros.
Senti-me fora daquilo tudo ao mesmo tempo em que me sentia inseridíssima em mim mesma: não sou mais de lá, não mais pertenço àquele contexto. Tudo o que tenho são alguns poucos fragmentos de lembranças (boas e ruins, whatever!), remotas. Fatos que ficaram para trás, pessoas que deixaram de fazer sentido.
Não sou mais estrangeira. Sou turista!
2 Comments:
Seu blog é muito interessante. texto muito bonito !!!
http://dudve.blogspot.com/
http://cartasintimas.zip.net
ai ai, fico imaginando como vai ser qdo eu voltar. Nao temo a imagem q vou ter de Sampa, mas sim a imagem q vou ter de Andradas e quem ficou lah, pq se antes de eu vir ela jah nao era mais a mm, imagine agora... quem diria nao?
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