Não mais...
De repente, já não gostava mais. Ou melhor, já não bastava mais.
Foi parecido com leite: tomei a infância toda. Dois ou três copos por dia.
Minha mãe fala que eu sempre gritava: “Mãe! Quero leite com toddy; quente no copo, escutou?” E permanecia gritando enquanto ela não dissesse que tinha escutado, ou me trouxesse o leite com toddy, quente no copo...
Mas aí, um belo dia, decidi que não gostava mais de leite. Podiam pensar que era o toddy, ou o quente, ou o copo, mas a verdade é que já não gostava mais de leite fosse ele servido puro, com café, frio ou na xícara. Simplesmente deixei de tomar.
Engraçado que, ao mesmo tempo, foi crescendo minha vontade e meu gosto por requeijão, iogurte e queijos. Até hoje ainda é assim. Esvazio mais de um copo de requeijão por semana e posso comer meio queijo fresco numa única sentada.
Às vezes quando penso na minha relação com os produtos lácteos, percebo que, de certa forma, cresci.
É certo que o gosto de hoje em dia é ainda bastante infantil, principalmente em se pensando que a-do-ro danoninho (com bis esfarelado no meio, melhor ainda!), mas passei a gostar do leite em suas formas mais elaboradas e refinadas.
E de forma coerente, foi sendo assim também em outras esferas.
Vejo que não me bastam somente as coisas em sua forma original dotadas de um ou outro apetrecho mais ou menos refinado.
Prefiro aquelas que vão se fazendo aos poucos, obedecendo a etapas que precisam ser cumpridas para que haja o tempo necessário para a fermentação, o cozimento, a decantação ou mesmo o processo de coalho, que transformam a matéria inicial nela mesma só que em outra coisa.
Na verdade, o que não me vale mais são os pré-requisitos básicos, eles, sozinhos.
Demora muito até, às vezes, para eu perceber isso, mas é certo que gosto bem quando eles passam por processos que, ainda que não lhes tire a essência, mexem e alteram de algum modo o seu estado inicial e os deixam assim: mais saborosos e apetitosos, cheios de acréscimos e de complementos, bem ao gosto meu de hoje em dia.
Foi parecido com leite: tomei a infância toda. Dois ou três copos por dia.
Minha mãe fala que eu sempre gritava: “Mãe! Quero leite com toddy; quente no copo, escutou?” E permanecia gritando enquanto ela não dissesse que tinha escutado, ou me trouxesse o leite com toddy, quente no copo...
Mas aí, um belo dia, decidi que não gostava mais de leite. Podiam pensar que era o toddy, ou o quente, ou o copo, mas a verdade é que já não gostava mais de leite fosse ele servido puro, com café, frio ou na xícara. Simplesmente deixei de tomar.
Engraçado que, ao mesmo tempo, foi crescendo minha vontade e meu gosto por requeijão, iogurte e queijos. Até hoje ainda é assim. Esvazio mais de um copo de requeijão por semana e posso comer meio queijo fresco numa única sentada.
Às vezes quando penso na minha relação com os produtos lácteos, percebo que, de certa forma, cresci.
É certo que o gosto de hoje em dia é ainda bastante infantil, principalmente em se pensando que a-do-ro danoninho (com bis esfarelado no meio, melhor ainda!), mas passei a gostar do leite em suas formas mais elaboradas e refinadas.
E de forma coerente, foi sendo assim também em outras esferas.
Vejo que não me bastam somente as coisas em sua forma original dotadas de um ou outro apetrecho mais ou menos refinado.
Prefiro aquelas que vão se fazendo aos poucos, obedecendo a etapas que precisam ser cumpridas para que haja o tempo necessário para a fermentação, o cozimento, a decantação ou mesmo o processo de coalho, que transformam a matéria inicial nela mesma só que em outra coisa.
Na verdade, o que não me vale mais são os pré-requisitos básicos, eles, sozinhos.
Demora muito até, às vezes, para eu perceber isso, mas é certo que gosto bem quando eles passam por processos que, ainda que não lhes tire a essência, mexem e alteram de algum modo o seu estado inicial e os deixam assim: mais saborosos e apetitosos, cheios de acréscimos e de complementos, bem ao gosto meu de hoje em dia.
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