terça-feira, dezembro 14, 2004

Romantismo me parece uma amostra de carinho, bem-querer e amor que se faz com uma certa intenção de se mostrar aos outros o que se sente.
Há os românticos tímidos que somente demonstram o que sentem em situações absolutamente privadas e íntimas e há os que demonstram tudo para todos, sei lá se buscando a aprovação ou inveja dos outros.
O romantismo também me parece estar ligado a declarações de amor ou de ardente paixão.
Olhando assim, fria e logicamente, dirão alguns que o que farei abaixo é uma declaração de amor romântica e exibicionista. Não concordo com tudo, mas de fato é uma declaração de amor que foi tímida o suficiente para não ser entregue a um, mas, ao mesmo tempo, tem coragem de exibir-se para vocês que a lêem.

Às vezes me sinto mal pela postura negativa que assumo frente à vida. Sou pessimista e gosto bem de reclamar de coisas pequenas que me aborrecem. Ultimamente, então, tenho me esmerado nessa arte e, agora, umas vezes me peguei a chorar por coisas tão insignificantes para muito, mas tão dolorosas para mim.
E aí é que você entra: você me traz conforto para o mar de confusões e incoerências pelo qual anda meu pensamento. Você é doce sem exagero, amargo muitas vezes, mas só vejo coisas boas quando estou com você. E se você não está onde sei que você deveria estar, vêm a ansiedade e a vontade de que estivesse só para que eu pudesse falar um oi ou contar alguma coisa sem importância, dessas coisas que a gente considera tão irrelevantes que só conta para gente mesmo ou para quem a gente gosta muito, porque, para mim, quando a gente gosta mesmo a gente não precisa mais se mostrar como aquele com que tudo dá certo, para quem tudo é interessante e para quem a vida acontece em alta voltagem. Não. Quando a gente gosta de fato, a gente quer compartilhar também as coisas pequenas das quais a vida está cheia mas que só alguns dão atenção.E você me dá, sempre, muita atenção de um modo que eu gosto de receber: sem exageros tolos, sem cuidados e mimos desnecessários, mas em boas doses verdadeiras.

1 Comments:

Anonymous Anônimo said...

A moça escreve fácil!!! bebo suas palavras como um bom vinho... fantástica!
Escreva logo esse livro sô!


Fui
Guilherme Brockington

20/12/04 7:24 PM  

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