Quanto vale
Sinto vontade de escrever. Na verdade é mais do que isso: é necessário escrever.
Ponho-me em frente ao computador e a tela em branco me acalma. Só que nada sai.
Não consigo transcrever precisamente o que gostaria de dizer, mas tenho minha idéia do porquê: É absurdo pensar que é necessário dizer isso; o que deveria ser óbvio; o que deveria nos mover. Mas vá lá, é preciso dizer...
Percebo hoje que certos valores estão em desuso. Sinceridade, honestidade, gratidão, respeito. Não existem com tanta freqüência quanto o ideal.
A própria palavra “valor” recebe atenção mais privilegiada por seu outro significado: aquele que acompanha o cifrão.
Valor só se reflete em termos quantitativos e o que deveria ser imensamente imensurável e desmedido, parece, aos olhos de todos, como se fosse melhor se visualizado no extrato bancário.
A grandeza de alguém não se mede pelo o que ela é, faz, pensa, mas pelo fato de ela conseguir angariar para si a maior quantidade de coisas que podem (e certamente) nem lhe são necessárias.
Não é uma crítica ao consumismo. Não! Estou fora disso. É só um desabafo contra aqueles que não conseguem ver a imensa beleza do que é diferente.
Um desabafo contra aqueles que só conseguem julgar bonito o que é bonito aos olhos de quase todos.
Será que não há beleza demais em seguir o que se pretende, desapegando ou privando-se do que, naquele instante, embora necessário, não seja primordial?
Não haverá beleza e sabedoria demais em saber que nem tudo o que se pretende é necessário? Em saber que o que se deseja é mais necessário do que qualquer coisa palpável, qualquer emoção passageira, qualquer bem que nos disseram que era valioso?
O que me acalenta é só a idéia de que, mesmo que se vá todo o guarda-roupas, a moral e o caráter permanecerão intactos.
Ponho-me em frente ao computador e a tela em branco me acalma. Só que nada sai.
Não consigo transcrever precisamente o que gostaria de dizer, mas tenho minha idéia do porquê: É absurdo pensar que é necessário dizer isso; o que deveria ser óbvio; o que deveria nos mover. Mas vá lá, é preciso dizer...
Percebo hoje que certos valores estão em desuso. Sinceridade, honestidade, gratidão, respeito. Não existem com tanta freqüência quanto o ideal.
A própria palavra “valor” recebe atenção mais privilegiada por seu outro significado: aquele que acompanha o cifrão.
Valor só se reflete em termos quantitativos e o que deveria ser imensamente imensurável e desmedido, parece, aos olhos de todos, como se fosse melhor se visualizado no extrato bancário.
A grandeza de alguém não se mede pelo o que ela é, faz, pensa, mas pelo fato de ela conseguir angariar para si a maior quantidade de coisas que podem (e certamente) nem lhe são necessárias.
Não é uma crítica ao consumismo. Não! Estou fora disso. É só um desabafo contra aqueles que não conseguem ver a imensa beleza do que é diferente.
Um desabafo contra aqueles que só conseguem julgar bonito o que é bonito aos olhos de quase todos.
Será que não há beleza demais em seguir o que se pretende, desapegando ou privando-se do que, naquele instante, embora necessário, não seja primordial?
Não haverá beleza e sabedoria demais em saber que nem tudo o que se pretende é necessário? Em saber que o que se deseja é mais necessário do que qualquer coisa palpável, qualquer emoção passageira, qualquer bem que nos disseram que era valioso?
O que me acalenta é só a idéia de que, mesmo que se vá todo o guarda-roupas, a moral e o caráter permanecerão intactos.
1 Comments:
nossa, prima, de vez em quando você escreve umas coisas que me arrepiam de tão acertadas!
"É só um desabafo contra aqueles que não conseguem ver a imensa beleza do que é diferente. Um desabafo contra aqueles que só conseguem julgar bonito o que é bonito aos olhos de quase todos."
de vez em quando eu quero dizer isso tudo mais não sai tão bem assim quanto o que você falou.
obrigado por colocar tão bem as palavras!
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