quinta-feira, outubro 05, 2006

Tudo bem!

Já disse várias vezes que é muito mais fácil falar e contar sobre a tristeza: a tristeza tem consistência, tem corpo, parece até ser formada de matéria. Acho que é porque ela machuca de verdade.
Corta, desajeita. Tira do rumo, como se tivesse dado-nos um impulso. Impulso na direção oposta àquela que vínhamos.

Estranhamente, não quero falar hoje desta coisa aí que é auto-consistente. Quero falar é da alegria. Quero falar é daquilo que não está senão dentro da minha cabeça, mas que, de uma forma generosa e mansa, invade o corpo todo, deixa tudo mais leve; insufla, até!

E a alegria não é, de modo algum, coesa, coerente; ela só existe e pronto. E daí, que existindo, se espalha inteira e deixa sorriso no rosto todo, corpo leve e tranqüilo.
Vai embora ansiedade, preocupação; vai-se embora a chateação por não ter com que se chatear ou por muito se aborrecer.

Bom humor do bacana, estou comemorando nada; só a idéia de que tá tudo muito bem!
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