Apimentado
Comecei a ler ontem e não consegui desgrudar.
O livro é bem escrito, e a história e as idéias ali passadas me pegaram em cheio de tal forma que não foi possível parar de ler até quando o sono mostrou sua cara.
“Os botões de Napoleão”, segundo seus autores, não é um livro de história da química, mas da química na história.
É claro que o livro, por ter sido escritos por químicos, trata desta disciplina e de seus conhecimentos, traz fórmulas de moléculas e suas propriedades e também seus efeitos, mesmo assim, mesmo para quem, como eu, não gosta muito de química, fica o fascínio no ar.
Não vou contar tudo o que li, mas um pequeno pedaço que me fez conjecturar umas coisinhas...
Gostei, em especial, do momento em que os autores falam sobre a pimenta-do-reino, mostram a molécula da piperina e sua estrutura e comentam sobre o processo pelo qual identificamos seu sabor.
Seu sabor é uma resposta de nosso cérebro à dor provocada pelo estímulo químico.
Sim! A pimenta, para quem gosta, é boa porque arde e dói. É boa porque, ao ser sentida pelas papilas gustativas, a dor causada pela pimenta faz com que o cérebro libere endorfina: quanto mais forte a pimenta, mais endorfina é liberada e, portanto, maior o prazer ao saboreá-la. E aqui está o X da questão: o prazer provém da degustação da pimenta ou do sentir sua ardência?
Talvez só saborear não seja suficiente. Talvez o percurso exija mais do que as linhas retas: reivindique uma pedra no caminho ou no calcanhar. Mero capricho para que, ao fim, a trajetória seja lembrada, rememorada e (se me permitem o trocadilho infame) regurgitada, e o sabor venha de novo à tona.
Ás vezes, o que nos interessa não é o doce, ameno e tranqüilo sabor do açúcar, mas a picante e estimulante dorzinha de um prazer.
O livro é bem escrito, e a história e as idéias ali passadas me pegaram em cheio de tal forma que não foi possível parar de ler até quando o sono mostrou sua cara.
“Os botões de Napoleão”, segundo seus autores, não é um livro de história da química, mas da química na história.
É claro que o livro, por ter sido escritos por químicos, trata desta disciplina e de seus conhecimentos, traz fórmulas de moléculas e suas propriedades e também seus efeitos, mesmo assim, mesmo para quem, como eu, não gosta muito de química, fica o fascínio no ar.
Não vou contar tudo o que li, mas um pequeno pedaço que me fez conjecturar umas coisinhas...
Gostei, em especial, do momento em que os autores falam sobre a pimenta-do-reino, mostram a molécula da piperina e sua estrutura e comentam sobre o processo pelo qual identificamos seu sabor.
Seu sabor é uma resposta de nosso cérebro à dor provocada pelo estímulo químico.
Sim! A pimenta, para quem gosta, é boa porque arde e dói. É boa porque, ao ser sentida pelas papilas gustativas, a dor causada pela pimenta faz com que o cérebro libere endorfina: quanto mais forte a pimenta, mais endorfina é liberada e, portanto, maior o prazer ao saboreá-la. E aqui está o X da questão: o prazer provém da degustação da pimenta ou do sentir sua ardência?
Talvez só saborear não seja suficiente. Talvez o percurso exija mais do que as linhas retas: reivindique uma pedra no caminho ou no calcanhar. Mero capricho para que, ao fim, a trajetória seja lembrada, rememorada e (se me permitem o trocadilho infame) regurgitada, e o sabor venha de novo à tona.
Ás vezes, o que nos interessa não é o doce, ameno e tranqüilo sabor do açúcar, mas a picante e estimulante dorzinha de um prazer.
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