Até quando?
Atrás de um banco do ônibus, num outro dia, li um recado: "Gordo, te adoro. Si 15/02/05".
Assim mesmo. Em poucas palavras, a Si deixou lá grafada sua possível paixão pelo Gordo.
Eu, quando penso em adoração, vejo como algo incondicional, extremamente forte e até um tanto irracional. Vejo também um sentimento duradouro; capaz e possível de superar adversidades, incoerências e novidades.
Foi aí que a Si nos enganou - a mim e ao Gordo.
A Si adora o Gordo no dia 15 de fevereiro de 2005, como ela mesma fez questão de reassaltar. Se em 15 de março o Gordo já fez algo que não lhe agradou, já não será mais digno da adoração da Si. também pode acontecer de o Gordo vir a perder 15 kg até o fim do ano. Coitado! A Si pode até deixar de vê-lo com olhos de devoção.
Vão dizer que eu devo concordar com o Vinícius, que a adoração da Si pelo Gordo não é eterna, posto que é chama, mas que deve ser infinita enquanto durar.
Concordo. Em certos aspectos.
A longevidade de um relacionamento qualquer tem caído à míngüa na proporção inversa em que aumentam as taxas de expectativa de vida. Se penso assim, parece até óbvio que a eternidade fique cada vez mais distante quando falamos das relações que unem e envolvem as pessoas. Mas não é somente nisso que estou pensando.
Tenho a impressão de que hoje nada é para sempre. As pessoas se trocam e são trocadas quase que compulsivamente, antes que um sofrimento pequeno, grande ou maior possa surgir. Para evitar a dor, antecipam-na.
Não estou defendendo aqui algum tipo de fidelidade cega e burra, nem a aceitação do inaceitável ou sua entrega desmerecida ciente de que de nada adianta. Falo somente contra o desprendimento excessivo que vejo em muitas ocasiões.
O direito da escolha, o reconhecimento do erro, a tentativa de se buscar algo melhor não estão em jogo: vejo-os como parte de um processo. Mas é que à vezes tudo parece ser atropelado, gerando um ciclo "descartabilidade" extremamente intenso.
Ninguém adora alguém ou algo após um dia ou dois. Assim também acho que ninguém se desapega rapidamente do que adora.
Quando a gente ama, de verdade, é para sempre. Mesmo que o forma do sentimento mude, que o modo de expressá-lo se torne outro, mesmo assim ainda existe. Não conheci quem "desamasse" alguém após anos de amor intenso e verdadeiro.
Bem querer, amor e adoração não têm prazo de validade.
Suas declarações também não deveriam ter.
Assim mesmo. Em poucas palavras, a Si deixou lá grafada sua possível paixão pelo Gordo.
Eu, quando penso em adoração, vejo como algo incondicional, extremamente forte e até um tanto irracional. Vejo também um sentimento duradouro; capaz e possível de superar adversidades, incoerências e novidades.
Foi aí que a Si nos enganou - a mim e ao Gordo.
A Si adora o Gordo no dia 15 de fevereiro de 2005, como ela mesma fez questão de reassaltar. Se em 15 de março o Gordo já fez algo que não lhe agradou, já não será mais digno da adoração da Si. também pode acontecer de o Gordo vir a perder 15 kg até o fim do ano. Coitado! A Si pode até deixar de vê-lo com olhos de devoção.
Vão dizer que eu devo concordar com o Vinícius, que a adoração da Si pelo Gordo não é eterna, posto que é chama, mas que deve ser infinita enquanto durar.
Concordo. Em certos aspectos.
A longevidade de um relacionamento qualquer tem caído à míngüa na proporção inversa em que aumentam as taxas de expectativa de vida. Se penso assim, parece até óbvio que a eternidade fique cada vez mais distante quando falamos das relações que unem e envolvem as pessoas. Mas não é somente nisso que estou pensando.
Tenho a impressão de que hoje nada é para sempre. As pessoas se trocam e são trocadas quase que compulsivamente, antes que um sofrimento pequeno, grande ou maior possa surgir. Para evitar a dor, antecipam-na.
Não estou defendendo aqui algum tipo de fidelidade cega e burra, nem a aceitação do inaceitável ou sua entrega desmerecida ciente de que de nada adianta. Falo somente contra o desprendimento excessivo que vejo em muitas ocasiões.
O direito da escolha, o reconhecimento do erro, a tentativa de se buscar algo melhor não estão em jogo: vejo-os como parte de um processo. Mas é que à vezes tudo parece ser atropelado, gerando um ciclo "descartabilidade" extremamente intenso.
Ninguém adora alguém ou algo após um dia ou dois. Assim também acho que ninguém se desapega rapidamente do que adora.
Quando a gente ama, de verdade, é para sempre. Mesmo que o forma do sentimento mude, que o modo de expressá-lo se torne outro, mesmo assim ainda existe. Não conheci quem "desamasse" alguém após anos de amor intenso e verdadeiro.
Bem querer, amor e adoração não têm prazo de validade.
Suas declarações também não deveriam ter.
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