Imperceptível
A sensação é a de que me tornei invisível nos últimos dias.
Tenho desejado conversar com os amigos e contar os problemas e as alegrias que as últimas semanas têm me proporcionado, mas a impressão é a de que nem meus amigos têm me percebido realmente.
Sem exceção nenhuma, todas as pessoas que têm chegado ao meu lado de uns tempos para cá, puxam a cadeira e começam a desabar em mim seus problemas. O fluxo de novidades é tão intenso que não tenho tempo de respirar e, em hipótese alguma!, começar a falar sobre mim e sobre o que venho passando.
Não estou dizendo que não desejo mais participar das decisões e auxiliar como posso na solução das aflições de meus amigos. De modo algum! Gosto e sempre gostei de ouvir e aconselhar, na medida do possível.
A minha queixa é direta ao fato de que não tem recebido reciprocidade: ninguém sequer tem manifestado interesse em saber como se passaram meus dias; ninguém sequer é capaz de perguntar porque estou feliz, ou porque estou triste.
E tem mais! Na alegria, sou esquecida, descartada; mas tão logo surge um revés, lá tem de estar a Lúcia Helena de ouvidos abertos e palavras certeiras para aconselhar.
A impressão que tenho é a de que me tornei uma paisagem: você nunca a percebe, mas basta estar sozinho, basta estar esquecido por todos, ou desejar que te esqueçam, que se volta o olhar e os pensamentos para a paisagem, e derrama-se uma chuva de lamentações por sobre ela sem ao menos procurar saber se algo de estranho, desconfortável, desagradável tem lhe afligido nestes dias tão cheios de secura e frio.
Tenho desejado conversar com os amigos e contar os problemas e as alegrias que as últimas semanas têm me proporcionado, mas a impressão é a de que nem meus amigos têm me percebido realmente.
Sem exceção nenhuma, todas as pessoas que têm chegado ao meu lado de uns tempos para cá, puxam a cadeira e começam a desabar em mim seus problemas. O fluxo de novidades é tão intenso que não tenho tempo de respirar e, em hipótese alguma!, começar a falar sobre mim e sobre o que venho passando.
Não estou dizendo que não desejo mais participar das decisões e auxiliar como posso na solução das aflições de meus amigos. De modo algum! Gosto e sempre gostei de ouvir e aconselhar, na medida do possível.
A minha queixa é direta ao fato de que não tem recebido reciprocidade: ninguém sequer tem manifestado interesse em saber como se passaram meus dias; ninguém sequer é capaz de perguntar porque estou feliz, ou porque estou triste.
E tem mais! Na alegria, sou esquecida, descartada; mas tão logo surge um revés, lá tem de estar a Lúcia Helena de ouvidos abertos e palavras certeiras para aconselhar.
A impressão que tenho é a de que me tornei uma paisagem: você nunca a percebe, mas basta estar sozinho, basta estar esquecido por todos, ou desejar que te esqueçam, que se volta o olhar e os pensamentos para a paisagem, e derrama-se uma chuva de lamentações por sobre ela sem ao menos procurar saber se algo de estranho, desconfortável, desagradável tem lhe afligido nestes dias tão cheios de secura e frio.
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