quarta-feira, setembro 05, 2007

Às vezes algo aparentemente insignificante e desprovido de peso torna-se o fardo que tiram de suas costas.

Acostumada com os dias de tensão e imersão em atividades que demandam tempo, paciência e muita vontade, indo e vindo para lá e para cá, remoendo o que já foi ruminado, e extraindo sabor do que já se pensava exaurido, demoro a ter a postura ereta, ranço da carga que até poucos instantes arqueava meus ombros e minha disposição.
Se era muito ou pouco o peso, não se pode dizer!: Não há balança que converta em algarismos a labuta minha dos dias passados.

Talvez até seja despropositada a felicidade do momento aos olhos de quem não me viu mergulhada nos afazeres, mas a sensação de que todo o desgaste emocional foi válido, recompensa qualquer coisa. E me faz querer ficar acordada dia e noite, de pernas pro ar, no mais absoluto dolce far niente!
Ficar acordada e pensando no que não interessa pelo simples prazer de assim estar.
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