Mando de campo
Não é para ter fama de má nem nada disso. É anterior: sou mandona desde pequena.
Não acredito que eu seja mimada ou que pense que o mundo gira em torno do meu umbigo (se alguém aí pensa que eu faço ou sou uma dessas duas coisas, por favor, me avise!), mas é que, por muitas vezes, não controlo o tom de voz e a minha opinião soa (até para mim mesma) como uma ordem. Cresci assim. Então passei a vida toda querendo dar ordens e me infiltrando em situações que permitissem que eu tivesse esse comportamento.
Aí vem que, como boa mandona, não gosto de receber ordens.
Na minha infância, tive um vizinho que uma vez se revoltou. Disse para a turma que não mais brincava em brincadeiras em que eu estivesse porque eu ia querer mandar. Não discordo dele, mas o fato é que a rebeldia durou pouco e o golpe foi por água abaixo quando perceberam que era mesmo necessária a minha presença para botar ordem ali na pracinha e nas brincadeiras. Resultado: ganhei mais asas ainda e o poder apoderou-se de mim!
Só que agora, neste domingo que se foi, percebi que já convivo com aquele que é o meu igual.
As evidências eram claras e sei lá o porquê de minha cegueira. Foi preciso um “vai lá” alto e forte, dito em tom imperativo, para que eu me desse conta de que estava recebendo ordens desse ser e acatando-as há um bom tempo sem me queixar nem mesmo com um muxoxo.
E eu fui. Fui pra lá.
Consciente da ordem recebida, não titubeei, não questionei, só cumpri: coloquei-me entre duas vigas de concreto e defendi os chutes dados ao gol imaginário, vindos do outro extremo da garagem e disparados por meu sobrinho, João Gabriel.
Não acredito que eu seja mimada ou que pense que o mundo gira em torno do meu umbigo (se alguém aí pensa que eu faço ou sou uma dessas duas coisas, por favor, me avise!), mas é que, por muitas vezes, não controlo o tom de voz e a minha opinião soa (até para mim mesma) como uma ordem. Cresci assim. Então passei a vida toda querendo dar ordens e me infiltrando em situações que permitissem que eu tivesse esse comportamento.
Aí vem que, como boa mandona, não gosto de receber ordens.
Na minha infância, tive um vizinho que uma vez se revoltou. Disse para a turma que não mais brincava em brincadeiras em que eu estivesse porque eu ia querer mandar. Não discordo dele, mas o fato é que a rebeldia durou pouco e o golpe foi por água abaixo quando perceberam que era mesmo necessária a minha presença para botar ordem ali na pracinha e nas brincadeiras. Resultado: ganhei mais asas ainda e o poder apoderou-se de mim!
Só que agora, neste domingo que se foi, percebi que já convivo com aquele que é o meu igual.
As evidências eram claras e sei lá o porquê de minha cegueira. Foi preciso um “vai lá” alto e forte, dito em tom imperativo, para que eu me desse conta de que estava recebendo ordens desse ser e acatando-as há um bom tempo sem me queixar nem mesmo com um muxoxo.
E eu fui. Fui pra lá.
Consciente da ordem recebida, não titubeei, não questionei, só cumpri: coloquei-me entre duas vigas de concreto e defendi os chutes dados ao gol imaginário, vindos do outro extremo da garagem e disparados por meu sobrinho, João Gabriel.
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