sexta-feira, janeiro 27, 2006

Did I say that I loathe you?

Assisti Closer pela segunda vez no cinema de Andradas.
Lembro-me bem que era um feriado qualquer e que havia combinado com uma amiga, mas acabei indo sozinha.
Comprei um halls de limão e me acomodei.
Quando o filme terminou, havia ainda umas 3 ou 4 balas no pacote e a música – Blower’s daughter – entrava na minha cabeça.
Bonita que é, andei um pouco de carro, com o som desligado, só para não esquecer da melodia.

Procurei a trilha em tudo que é canto, mas não achei, até que consegui uma cópia...
Como Proust já tinha me avisado, era ouvir a música e o gosto e o cheiro do halls de limão me assombravam.

Com o tempo passando e a vida acontecendo, o cheiro e o gosto da bala desvaneceram e deram lugar a uma outra associação para com a música: por isso, até agora há pouco, ainda ficava amuada quando ouvia a música e lembrava da nova lembrança...

Ontem, pela Teodoro, ouvi a Ana Carolina cantando sua versão. Não preciso dizer que prefiro, de longe, a original, e foi isso que me fez ficar cheia de vontade de ouvi-la.
Em casa, pus o CD e Blower’s daughter tocou inteira. Bonita como foi e é.
Não veio gosto de limão, não veio tristeza.
A coisa já não é mais azeda...
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