quarta-feira, maio 14, 2008

Roma

Roma é polissêmica: não se pode descrevê-la de modo objetivo e é impossível detalhá-la de modo exato para que você compreenda o que eu quero dizer sobre o que dela eu vi, sobre a sua oblíqua irregularidade.

Roma é uma babel em que todos se entendem porque todos estão ali por uma mesma razão: andar, caminhar, observar, sentir Roma, conhecer este que é o "berço da civilização moderna", mas que, ao mesmo tempo, tanta foge da idéia obtusa que se tem hoje de modernidade.

Roma me fez sentir minúscula não só quando defronte aos seus colossais templos e construções, mas principalmente por sua história escancarada em cada pequena ruela desbravada.

Estar em Roma é como estar no centro de tudo; é ser mais uma na multidão e, por isso mesmo, fazer parte do mundo.

Roma é linda, é familiar, é cenográfica. Roma é deliciosa com seus cheiros e sabores próprios, seus paninis, seu vinho, massas, queijo.

Roma é ela e só ela. É estranha e próxima. Confusa e desorganizada. Mas capaz, por si só, de reunir e fazer com que coexistam  tanta gente, tantas histórias, tanta vida em um só lugar tão grande e complexo no tempo e no espaço.
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