Insônia
Perdi o sono às 3 horas da manhã. Tinha me deitado às 23:30 e, pelo o que me lembre, dormi imediatamente.
Havia, então, descansado já um pouco. Não o suficiente, mas já havia reposto um tanto das energias.
Rolei para um lado e outro da cama e, em um certo momento, percebi que o sono não voltaria assim tão rápida e mansamente quanto eu desejava.
Me levantei, fui ao banheiro, tomei um copo d’água, voltei para a cama, pus-me a pensar.
É impressionante a quantia de pensamentos que vêem à cabeça quando tudo o que se deseja é em nada pensar e esperar o sono voltar.
Pensei em pequenos deslizes cometidos nos últimos dias e em como poderia remendá-los; pensei em grandes problemas que causei a mim e aos outros e conjeturei alternativas para tapar o que não tem conserto.
Fiz listas de coisas por começar e outras por terminar; contei os dias que ainda faltam do mês; planejei os gastos a cortar, a grana a economizar e refiz os cálculos a fim de fechar o mês sem grandes apertos ou sustos demasiados ao olhar para o extrato bancário.
Desejei ardentemente que não tivesse se passado tempo demais e que ainda houvesse tempo para mais algumas horas de sono. Eram 4:54 e a cabeça começava a doer.
De novo, me levantei, procurei uma aspirina na bolsa, fui à cozinha, tomei o remédio com água. De novo o banheiro, de novo a cama.
Fiz planos para o dia seguinte; comecei a perceber que o barulho dos ônibus já aumentava em número e intensidade. Assustei com a claridade que teimava em querer surgir. Fechei os olhos, tapei os ouvidos com o travesseiro, me esforcei para ficar encolhida sob o edredom. Pensei nos textos que deveriam estar prontos para hoje. Pensei nos olhos vermelhos que exibe durante toda a amanhã da segunda-feira passada. Os olhos arderam novamente.
Tive raiva de mim mesma, por um instante.
Desisti da luta em favor do sono.
Acordei assustada e cheia de sono às 7:00. Tomei café depressa, pus a primeira roupa, peguei o ônibus e cheguei atrasada USP ainda antes de todos.
Havia, então, descansado já um pouco. Não o suficiente, mas já havia reposto um tanto das energias.
Rolei para um lado e outro da cama e, em um certo momento, percebi que o sono não voltaria assim tão rápida e mansamente quanto eu desejava.
Me levantei, fui ao banheiro, tomei um copo d’água, voltei para a cama, pus-me a pensar.
É impressionante a quantia de pensamentos que vêem à cabeça quando tudo o que se deseja é em nada pensar e esperar o sono voltar.
Pensei em pequenos deslizes cometidos nos últimos dias e em como poderia remendá-los; pensei em grandes problemas que causei a mim e aos outros e conjeturei alternativas para tapar o que não tem conserto.
Fiz listas de coisas por começar e outras por terminar; contei os dias que ainda faltam do mês; planejei os gastos a cortar, a grana a economizar e refiz os cálculos a fim de fechar o mês sem grandes apertos ou sustos demasiados ao olhar para o extrato bancário.
Desejei ardentemente que não tivesse se passado tempo demais e que ainda houvesse tempo para mais algumas horas de sono. Eram 4:54 e a cabeça começava a doer.
De novo, me levantei, procurei uma aspirina na bolsa, fui à cozinha, tomei o remédio com água. De novo o banheiro, de novo a cama.
Fiz planos para o dia seguinte; comecei a perceber que o barulho dos ônibus já aumentava em número e intensidade. Assustei com a claridade que teimava em querer surgir. Fechei os olhos, tapei os ouvidos com o travesseiro, me esforcei para ficar encolhida sob o edredom. Pensei nos textos que deveriam estar prontos para hoje. Pensei nos olhos vermelhos que exibe durante toda a amanhã da segunda-feira passada. Os olhos arderam novamente.
Tive raiva de mim mesma, por um instante.
Desisti da luta em favor do sono.
Acordei assustada e cheia de sono às 7:00. Tomei café depressa, pus a primeira roupa, peguei o ônibus e cheguei atrasada USP ainda antes de todos.