sexta-feira, setembro 22, 2006

Sem razão

Certos acontecimentos, certas ocasiões não merecem um tiquinho de consideração que acabamos por lhes dar.
Podem nos dizer milhares de vezes que é bobagem se preocupar com este tipo de coisa, mas como é que se muda este comportamento que está tão arraigado à mente que já faz parte de nós mesmos?
O valor que atribuo a algo não se altera por intervenções alheias...
O julgamento só tem valor se o crédito for concebido e designado por quem sabe tim por tim o que se pensa e sente; detalhe por detalhe. Aí, então, imparcialidade não existe e falar em justiça soa até irônico.
Dá-se o valor que parece apropriado, atribui-se o conceito que parece ser o melhor.
Talvez não fosse assim em um mundo racional, mas existe tal mundo? Existe razão que não sofra interferência qualquer da emoção?
Desconheço.
Sei só de tentativas mal sucedidas estacionadas no plano das idéias tão logo e prontamente se depararam com uma única migalha de sentimento.

sexta-feira, setembro 01, 2006

Ad hoc

Tenho me sentido uma hipótese ad hoc.

Em certos momentos da vida, parece que as coisas giram ao seu redor e o que você quer é o mesmo que tantos outros também estão a fim; e os objetivos, acordados, tornam as convivências mais interessantes e verdadeiras.

Agora é justamente o oposto completo disso que me acontece. Como se tudo o que me sobrasse fossem restolhos do que não serviu para nada.
Não há cuidado em demonstrar mínima preocupação, interesse. O que ficou para trás, foi, de algum modo, incrivelmente eficaz, deletado da memória.
Não há palavras, não existem expressões e, talvez mesmo, seja o reflexo da importância inexistente que tive e tenho.

O filme era outro na minha cabeça.
Rodava e rodou com coerência e coesão internas, sem atropelos na seqüência temporal tornando-o facilmente apreciável.
Linear; e não por isso regular.
Linear e intensamente verdadeiro no meu referencial que nunca foi absoluto, mas percebido de forma distorcida por quem espera encontrar constâncias no tempo e no espaço.
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