quinta-feira, novembro 24, 2005

Muito barulho!

As coisas não estavam bem, os dias foram ruins.
Passei por angústia, ansiedade, desgosto, stress, raiva e tudo mais de sentimento ruim que encontrei por aí.
Fui posta em xeque, testada e medida.
Valeu a pena? Sim!
Ao ver hoje meu nome, em linhas maiúsculas, vibrantes, entre outros lá na lista dos aprovados para o doutorado, só não chorei porque o riso não deixou.
Ao meu lado, amigos comemorando, e eu explodindo.
Saiu um monte de coisa que estava aqui dentro e estou bem mais leve e tranqüila.

Logo, logo vou me perguntar se fiz o certo, se dou conta de terminar esta empreitada tão grande. Tudo exatamente como foi no mestrado. Mas assim vou levando... Como diz a minha mãe: “Quem não quer barulho, não carrega cabaça de duas!”
Mas eu bem sei que já adoro a sinfonia que estou para ouvir!

segunda-feira, novembro 21, 2005

Aqui e ali

Quando vim para São Paulo, fins de semana eram em Andradas.
De segunda à sexta-feira, os dias passavam. Só isso.
Mesmo que me divertisse, era a perspectiva da viagem para casa que mais me animava.
Faz tempo que já não é mais assim. Gosto de ir para Andradas, rever todo mundo, bater papos e descansar, mas ficar por aqui também se tornou prazeroso ao longo desses tantos anos que já aqui estou.
Não conhecer as pessoas, não saber muita coisa sobre a cidade, sobre o que acontece e está acontecendo têm me feito querer continuar por aqui.
Gosto já da correria, da multidão, das opções, de ter tudo para fazer e, de repente, nada fazer só para ver as coisas se fazendo sozinhas. Gosto de coisas que nunca pensei que pudesse gostar...
Mas sempre que vou para Andradas algo aqui dentro se mexe e me desconforta; dá vontade de ficar. Sinto falta do que tinha por lá e que agora nem mais existe. Acima de tudo, sinto falta da minha casa.
Queria que a Luís Bensi fosse paralela à Rebouças...

sexta-feira, novembro 18, 2005

Fala aí!

E eu, que nem sou muito dada a falar, que não consigo me expressar muito bem, me vi na maior saia justa dia desses tendo que mostrar todo um poder de convencimento e de argumentação que nem sei se existe em mim...
Num intervalo de dois dias, várias pendengas que estavam a me incomodar tiveram a chance de serem consertadas ou remendadas depois que resolvi mostrar meu ponto de vista.
Parece óbvia a afirmação acima, e, de fato, ela o é, mas é que tinha me transformado numa espécie de tatu-bola, me fechando ao mínimo sinal de possível perigo.

Saí da casca, levei uns pipocos, mas, agora que já passou, ando na expectativa para ver se surtiram efeito (em mim e em cada um que participava de cada uma das pendengas).
Então fica assim, fica combinado: na quinta-feira, quando o resultado mais objetivo disso tudo vier à tona, com a divulgação do resultado das vagas para o doutorado, talvez possa saber melhor se o medo era bobagem ou se devo voltar para a casca, ficar quietinha, lá escondida, por um bom tempo.

terça-feira, novembro 08, 2005

Em movimento

Não posso dizer, em absoluto, que os últimos dias têm sido bons.
Descontando manifestações sinceras da “mais boa” amizade, vários fatores têm contribuído para que as duas semanas que se foram entrem para o rol dos “tempos-que-se-deseja-esquecer”.
O fim brusco, inesperado, indesejado de um relacionamento; minhas aulas que tinham tudo para serem uma boa diversão e que, de repente, azedaram; várias semanas sem ir para Andradas; uma TPM imensa, forte, massacrante; e nada mais precisa ser dito.

E ontem, voltava eu pela Pedroso. A pé, cansada, com fome. Aviões passando e o barulho de cada um deles a me incomodar. Eu, na calçada do Tomie Otake, séria, lembrando da lista de compras que precisaria relembrar no Pão de Açúcar. Começa o vento. Tão forte, no sentido contrário da minha caminhada, a pasta aos meus ombros voando para trás, os olhos miúdos evitando as lufadas de ar, senti como se o vento me atravessasse, limpando tudo de ruim que, embora não pensasse no momento, estava ali, me fazendo me sentir pequena.Não durou mais que poucos segundos, uma meia dúzia de passos. Tudo voltou ao normal, à calmaria e eu desejei que ventasse mais um pouco.
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