Ansiedade infantil
A correria a que me referi abaixo unida a fortes lampejos de ansiedade me fizeram sumir daqui...
Eu deveria ter 9 anos e, já sem acreditar em Papai Noel, tinha escolhido como presente de Natal o Shopping da Barbie.
Eram três vitrines com bolsas, sapatos (altos, baixos, tênis!), colares, óculos, chapéus e mais duas araras cheias de vestidos, saias, claças, blusas. Um verdadeiro sonho para quem brincava de boneca quase todo santo dia!
Fui com a minha mãe comprar. Voltamos com uma caixa enorme, embrulhada e escondida no maleiro de meu guarda-roupas: se eu já não acreditava no bom velhinho, minha irmã ainda escrevia pra ele...
Tive de esperar... Duas semanas, uma semana, alguns dias, não sei! Só me lembro da ansiedade, da vontade de abrir a caixa e brincar com tudo aquilo que estava dentro dela.
Todos os dias, fechava a porta do quarto por dentro, subia em uma estante do lado do
guarda-roupas e alisava a caixa, me imaginava trocando as roupinhas da Barbie, experimentando sapatos, bolsas...
E assim foi: me diverti tanto com a espera quando devo ter me divertido com o brinquedo de verdade.
Vinte anos depois, cá estou eu, de novo!, na mesma...
Daqui a uma semana devo ver tudo aquilo que sempre tive vontade de ver. Andar pelas ruas planas pelas quais sempre quis andar, entrar em museus, lojas, palácios de meu livros de História. Tomar um café crème sem nada a pensar, só o prazer de observar o rio.
Já me diverti um monte pesquisando, procurando novas informações, endereços, o que fazer, o que não fazer.
Não sei como será, o que pensar, mas estou certa de que serão dias de plena alegria infantil transbordando!
Como se fosse só rasgar o papel para a felicidade chegar!
Eu deveria ter 9 anos e, já sem acreditar em Papai Noel, tinha escolhido como presente de Natal o Shopping da Barbie.
Eram três vitrines com bolsas, sapatos (altos, baixos, tênis!), colares, óculos, chapéus e mais duas araras cheias de vestidos, saias, claças, blusas. Um verdadeiro sonho para quem brincava de boneca quase todo santo dia!
Fui com a minha mãe comprar. Voltamos com uma caixa enorme, embrulhada e escondida no maleiro de meu guarda-roupas: se eu já não acreditava no bom velhinho, minha irmã ainda escrevia pra ele...
Tive de esperar... Duas semanas, uma semana, alguns dias, não sei! Só me lembro da ansiedade, da vontade de abrir a caixa e brincar com tudo aquilo que estava dentro dela.
Todos os dias, fechava a porta do quarto por dentro, subia em uma estante do lado do
guarda-roupas e alisava a caixa, me imaginava trocando as roupinhas da Barbie, experimentando sapatos, bolsas...
E assim foi: me diverti tanto com a espera quando devo ter me divertido com o brinquedo de verdade.
Vinte anos depois, cá estou eu, de novo!, na mesma...
Daqui a uma semana devo ver tudo aquilo que sempre tive vontade de ver. Andar pelas ruas planas pelas quais sempre quis andar, entrar em museus, lojas, palácios de meu livros de História. Tomar um café crème sem nada a pensar, só o prazer de observar o rio.
Já me diverti um monte pesquisando, procurando novas informações, endereços, o que fazer, o que não fazer.
Não sei como será, o que pensar, mas estou certa de que serão dias de plena alegria infantil transbordando!
Como se fosse só rasgar o papel para a felicidade chegar!