quinta-feira, fevereiro 23, 2006

Even better than the real thing

Devia ser o ano de 88, talvez 89. Minha mãe levou para casa um disco duplo de capa preta. As músicas eram muito boas e não consegui não me interessar.
Foi logo aí que comecei a gostar de U2.
E eis que chegam os shows desta semana e fico a menos de 2 metros do palco. Vi tudo muito de perto, acompanhei os shows tão próxima da banda que nem parecia que ali havia mais de 70 mil pessoas. Êxtase!
Difícil descrever o que senti. Aliás, é até difícil entender a emoção pela qual passei!
Pensei: “Incomparável!”
Não foi.

Ontem à tarde, ainda cansada e queimada pelo sol dos dois dias, tentei dormir um pouco, mas a agitação não deixou. A uma certa hora, chega lá em casa o Guilherme. Me dá um presente. Pelo embrulho, é um livro ou um DVD. Abri o pacote enquanto conversávamos e, no momento em que o conteúdo saiu do papel, não tive reação. Ali, em minhas mãos, impressos, encadernados na forma de um livro muito bem editado, estavam meus textos. Alguns são estes que estão aqui, outros tinham sido enviado por e-mails a amigos. Agora estão todos juntos, num livro!

Comecei a folhear. Confesso que ainda não entendia direito aquilo.
Aos poucos, lendo trechos, fui me lembrando de cada momento em que cada um deles foi escrito, cada sentimento. Chorei.

Já comentei com muitos que gosto de escrever e que esta é a atividade que mais me dá prazer e satisfação, e ele, em especial, sempre demonstrou gostar do que escrevo, e sempre deixou transparecer emoção ao falar do que lia. Mesmo assim me surpreendi.

Sempre soube que tenho bons amigos, sempre soube que sou privilegiada por isso, mas chorei (e ainda choro) só de pensar em quanto carinho e atenção me foram dispensados durante a confecção daquele exemplar único (em todos os sentidos).

Sei lá se ele sabe disso (acho que sim, visto que esse meu amigo aí é daqueles mais sagazes), mas o Guilherme me deu uma injeção de ânimo sem precedentes. Agora. Na hora em que mais preciso.
Fez com que me sentisse extremamente bem, me sentisse capaz. Ele me deu a vontade e o impulso para arriscar que eu nunca me permiti ter.

Meu grande amigo me deu a maior emoção da semana! (e do mês, do ano, dos tempos!)

quarta-feira, fevereiro 22, 2006

So close

Tenho 1,62m.
Baixinha, sim.

Perninhas curtas, corpinho pequeno. Deitada no chão, nem ocupo muito espaço. Dá uma distancinha daqui ali que nem se conta direito. Desprezível.

E não é que ontem e anteontem o Bono estava a menos do que 1,62m de distância de mim!?
Vi que ele já ta meio carequinha atrás. Vi que o Edge tem uma tatuagem de estrela na nuca. Vi que o Adam Clayton é tão feio de perto quanto nas fotos.
Mas melhor que tudo isso: vi os dois shows tão de perto, mas tão de perto, que nem precisei de óculos.

sexta-feira, fevereiro 17, 2006

I can't wait any longer to see what I'll see...

...em menos de 80 horas no primeiro show e depois no outro, do dia seguinte!!!

Tem mais de um mês que eles são a única coisa que tenho ouvido de verdade! Tentei até escutar um pouco mais de Franz Ferdinand para decorar uma ou outra música aqui e ali, mas como o show vai ser curtíssimo mesmo, acho que as que já sei estão de bom tamanho para não passar vergonha!

Mas U2 é U2 e não tem o que decorar mais! Escuto é para entrar no ritmo e na euforia que crescem a cada pouco um bocadinho mais! And the fever, getting higher. Desire, desire...

Não tenho uma “wish set list”, mas confesso que amaria de paixão se eles tocassem algumas aí... Ou todas! De todos os CDs! Until the end of the world!

segunda-feira, fevereiro 13, 2006

Um pé depois do outro

Com a correria, os imprevistos, a mudança, enfim!, na loucura dos últimos acontecimentos, acabei por não comentar aqui coisa importantíssima: Alice aprendeu a andar.

Até outro dia, ela só engatinhava.
Às vezes ficava em pé, cambaleante.
Da mesa para o sofá, em se virando e alcançando o outro lado, ela até tinha lá sua mobilidade, mas era só. Eis que, semana passada, seu universo se ampliou.

Depois de 13 meses dependendo de colo, agora Alice já pode ver o cômodo que bem quiser. Pode ir até para a casa da vó se essa for a sua vontade e de sua mãe não.

Vai soar piegas e eu nem ligo, porque agora minha sobrinha pode, literalmente, andar com as próprias pernas, sair dos braços dos outros, conhecer o mundo por conta e risco próprios.

Embora em passos ainda trôpegos (e isso, de verdade, nem sei se são, já que só estou na ansiedade para conferir a nova), são dela e a levam para onde somente ela quer.
Desejo que sejam assim por toda a sua vida.

terça-feira, fevereiro 07, 2006

Mea culpa

Tô desenxabida, desanimada, angustiada, borocoxô.
Para ser langa e usar linguagem de físico: tô no fundo do poço de potencial e não consigo energia suficiente para sair da posição de equilíbrio estável.

Achei por uns instantes, nestas últimas semanas, que havia superado a maré de coisas desagradáveis, mas foram só os agentes causadores da agonia que mudaram...
Hoje, em especial, o que me segura no ponto mais baixo da curva do ânimo são os ladrões que levaram, da frente do prédio da minha tia, na sexta à noite, a caminhonete que trouxe meus pais até aqui para me ajudarem na mudança.
Estes ladrões não nos conhecem e nem sabem da minha existência, mas me sinto como co-autora do furto por eles praticado, responsável que sou pelo fato de a caminhonete ter vindo para cá e, com isso, ser levada por eles.

Culpa.
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