terça-feira, outubro 25, 2005

Assim. Na mesma.

Mesmo que não tenha ido embora de vez, a tristeza já diminuiu.
Foi só me ocupar com o mundaréu de coisas que tenho para fazer por esses dias que nem sobra muito tempo para pensar em outros assuntos. Mas uma coisa não me sai da cabeça:
Quando há um culpado, uma ofensa grande, uma ação que magoe até o último fio de cabelo, até consigo entender melhor... É uma espécie de filosofia capitalista levada para os relacionamentos: não atingiu a meta, tá cortado! Faliu! Se deu mal!
Mas se não há; se tudo, apesar da tristeza, da discordância, da vontade de que não tivesse acontecido, acaba sem que haja um culpado, aí não posso entender, aí fico batendo na mesma tecla, pensando no porquê. Fico assim, monotemática.
Desculpem, mas é só sobre isso que consigo falar.

segunda-feira, outubro 24, 2005

Neste domingo, no fim da tarde, esvaziei a caixa de mensagens do meu celular e apaguei um dos registros da agenda telefônica. Não foi e nem é uma tentativa de esquecer o dono das mensagens e do telefone de onde vieram. É só um modo de tentar tornar mais difícil lembrar dele.

Deitada no meu quarto, sozinha, sentia como se meu corpo afundasse no colchão, diminuindo, tamanhos eram a angústia e o desconforto.
Estava frente a uma certeza: acabou. Mesmo.

E eu que pensava não estar envolvida, percebi, pela antecipação da falta, que vou ter que conviver com a ausência de uma maneira tão indesejada que só me fez chorar.
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