segunda-feira, setembro 19, 2005

Aquele do sonho real

Tendo a ser, na maioria quase que absoluta das vezes, bastante realista frente às mais diversas situações.
Costumo sempre me portar de modo racional, pesando as partes, para que os apelos emocionais não me levem a conclusões que, talvez desejadas no momento, não são as mais adequadas ao se olhar para uma linha temporal pouco mais extensa.

Não quero dizer com isso que não tenho arroubos de improviso ou de intempestividades em que faço coisas impulsivamente. Até que eu os tenho, mas até eles têm, lá no fundo, uma carga de razão que os acompanha.
Também não é o caso de dizer que não tenho sonhos e devaneios. Acontece é que eu os cultivo ciente de que se tornarão verdadeiramente reais e, para isso, parece-me que o melhor caminho é usar da razão durante os momentos que antecedem sua realização propriamente dita.

Mas tem tido que, hoje em dia, meus sonhos demandam um certo tempo e uma boa paciência para que se tornem acessíveis.
Por sorte minha, muitos sonhos à minha volta estão sendo realizados e, meio de que uma forma preguiçosa, peguei carona neles.
Não porque queira que sejam meus, mas simplesmente pelo prazer e a alegria de poder curtir os momentos de expectativa e de êxtase junto a quem por eles sempre galgou, e sofreu ou chorou, mas que agora pode voar, tranqüilo, por sobre todo o sufoco que vai ficando, a cada pouco mais, lá atrás.
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